1 Capitulo
4 de setembroQuerido diário,
Não sei por que estou escrevedo isso.É
Loucura.Não há motivos para eu estar aborrecida e
todos os motivos pra ficar feliz,mas...
Mas aqui estou eu,a´s cinco e meia da manhã,acor-
dada e apavorada.fico dizendo a mim mesma que é
só por que estou totalmente confusa com a diferença de
fuso horário entre a França e aqui.Mas isso não expli-
ca por que estou tão assustada.Por que estou tão per-
dida.
Dois dias atrás, enquanto tia luli, Ana terra e eu
estávamos voltando de carro do aeroporto, tive uma
sensação estranha.Quando entramos na nossa rua,de
repente pensei:''Mamãe e papai estão em casa espe-
rando por nós.Aposto que estarãona varanda da
frente ou na sala, olhando pela janela. Eles devem ter
sentido muito a minha falta.''
Eu sei.Isso é totalmente maluco.
Eu nasci aqui, em Fell´s church.Sempre morei nes-
ta casa,sempre.Este é meu velho quarto de sempre,
com a marca de queimadura no piso de madeira de
qundo Sophia e eu tentemos fumar escondido no
quinto ano e quase sufocamos.Posso olhar pela janela
e ver o grande marmeleiro, que Micael e os meninos es-
calaram para invadir a festa do pijama do meu aniversário
há dois anos.Esta é minha cama, minha cadeira, minha comoda.
Mas neste momento tudo me parece estrnho,como se este
não fosse o meu lugar.Eu é que estou deslocada.
E o pior é que sinto que pertenço a algum lugar,mas não consigo
descobrir qual é.
Ontem eu estava cansada demais para ir ao primeiro dia de aula .
Sophia pegou o horári para mim,eu não tive vontade de falar de falar
com ela ao telefone.Tia luli disse a todos que eu estava com Jet lag e
dormindo,mas ela me olhava de um jeito estranho no jantar.
Mas hoje vou ter que ver o pessoal.Temos que nos encontra no
estacionamento antes da aula.Será por isso que estou assustada?Será
que tenho medo deles?
Lua blanco parou de escrever.Olhou a ultima frase que escreveu e sacudiu a cabeça,a caneta pairando sobre o pequeno caderno com a capa de veludo azul.Depois,com um gesto repentino,ela levantou a cabeça e atirou a caneta e o caderno na grande janela da sacada, onde eles quicaram suavimenteto e caíram no assento acolchoado.
ERA TUDO TÃO COMPLETAMENTE RIDÍCULO.
CONTINUA...
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